domingo, 8 de agosto de 2010

Crítica: A Origem

O labirinto, o trem e o elefante


Christopher Nolan é um dos melhores "extratores" que conheço.

Ele desenvolve aqui um dos seus melhores trabalhos. Não, esse não é apenas um filme, é um labirinto, o mais hipnótico labirinto construído pelo cineasta.

O filme logo triunfa por conseguir um feito: a integral atenção da platéia. Era visível a concentração dos espectadores, com olhos vidrados na tela, deixando de lado os comentários corriqueiros numa sala de cinema e suas guloseimas. Todos focavam-se na película.

O visual do filme é impecável. O excelente trabalho de fotografia e a poderosa trilha de Hans Zimmer nos conduzem pela história que vai se desenvolvendo de forma natural. As informações estão lá, ditas ou interditas, basta apenas prestar atenção. Tudo é no momento certo e a partir daí o filme cresce.


Conforme estudamos os personagens e as situações a quais eles são submetidos, percebemos que o truque está acontecendo é conosco. Nós somos o experimento. A cada camada de sonho, a cada acontecimento, temos aquela sensação claustrofóbica que vai ficando cada vez mais evidente, e quando o clímax explode é aquele momento em que os ombros encolhidos voltam ao normal e nos recostamos na poltrona.

Nolan brinca com a mente de seu público. Ele vai implantando as informações e cabe a nós extraí-las de nós mesmos.

O elenco do filme está brilhante. É notável a entrega de cada um para o personagem. A equipe é coesa, todos tendo a chance de marcar presença na história.

Enfim, este é o filme do ano. Ouso até dizer que é um dos melhores filmes dos últimos tempos.

Obrigatório. Sem mais.





Nome original: Inception
Ano: 2010
Duração: 148 minutos
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Elenco: Leonardo DiCaprio, Ellen Page, Joseph Gordon-Levitt, Marion Cotillard, Ken Watanabe, Tom Hardy, Cillian Murphy, Tom Berenger, Dileep Rao, Michael Caine, Lukas Haas, Pete Postlethwaite

Imagens: divulgação

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