segunda-feira, 14 de junho de 2010

Crítica: Toy Story 2

Ao Infinito... E Mais Além!


Em 1995, uma longa metragem estava vindo para mudar o conceito de animação cinematográfica da década seguinte. Toy Story era o filme, o primeiro a ser feito inteiramente em CGI, pela Pixar Animation Studios.
4 anos depois, a Pixar retorna ao mundo dos brinquedos vivos, com uma continuação que supera o excelente primeiro filme. Toy Story 2 é o carro-chefe do fator que podemos considerar o diferencial do estúdio: Os dilemas reais e os questionamentos filosóficos dentro da trama principal. Não que isso já não tenha ocorrido nos dois filmes anteriores da casa, mas aqui isso é mostrado com mais profundidade. É por isso que digo que este é também um filme inovador.

Na trama, Woody e Buzz Lightyear, grandes amigos e os brinquedos favoritos de Andy, comandam a turma do quarto do garoto. O boneco vaqueiro sofre um rasgo no braço, fazendo com que Andy não o leve para o Acampamento Cowboy e, para completar o desespero da situação, um dos brinquedos é levado para a feira de usados. Ao tentar regata-lo, Woody é roubado por Al, um ganancioso dono de uma loja de brinquedos.
Buzz e sua equipe agora tem a missão de resgatar o amigo.

E assim se inicia a história principal, dividida em duas linhas narrativas. Buzz e os outros brinquedos na tentativa de resgate, e Woody e seus novos companheiros: a vaqueira Jessie, o Mineiro e o cavalo Bala no Alvo. Descobrimos então que o boneco xerife é um brinquedo raríssimo, vindo de uma famosa série de TV cancelada, e Al está prestes a vende-lo para uma exposição no Japão.


É no decorrer de sua luta para escapar que Woody começa a perceber que não é para sempre que ele terá a vida que todo brinquedo sonhou. Andy está crescendo e, com o tempo deixará de lado o que dava valor na infância e passará a se preocupar com as novas descobertas da adolescência e da vida adulta. Então, para que existir se não tem ninguém para brincar com você? Vale a pena se transformar num objeto de exposição para ser reconhecido como um item de valor, ou é melhor viver ao lado da pessoa que sempre deu importância à sua existência, mesmo que um dia isso acabe? Esse é o dilema que se encontra no filme, que dá força à trama.

Tudo é muito bem equilibrado com a ótima diversão e suas cenas mais leves e menos expressivas no quesito emocional. Uma que merece destaque é a sequência em que Buzz, no Celeiro de Brinquedos do Al, enfrenta uma outra versão dele mesmo, totalmente semelhante ao personagem no primeiro filme. Uma cena bastante hilária.
As cenas de ação também não ficam para trás. Vale destacar a sequência em que os brinquedos atravessam a rua embaixo de cones de trânsito, que é bastante divertida.
Os personagens secundários continuam bem explorados e divertidíssimos, completando as cenas com várias situações engraçadas e criativas. E para a alegria dos fãs de cinema, algumas referências à grandes filmes da sétima arte aparecem na tela, inclusive uma bem especial à franquia Star Wars.


A dublagem nacional, como de costume, está impecável. Guilherme Briggs novamente excelente como o astronauta Buzz Lightyear. Marco Ribeiro, substituindo o falecido Alexandre Lippiani, dá um show com a voz do xerife Woody, mantendo a essência estabelecida na primeira voz do personagem (Quase não se nota a diferença, na verdade).

Essa é a marca que o filme deixa. Toy Story 2 cumpre seu papel com magnitude e faz jus ao filme original.
11 anos depois, próximo da estreia do terceiro capítulo da aventura de Woody e compania, só podemos esperar mais uma obra fantástica para fechar a trilogia da franquia dos brinquedos. Dá-lhe Pixar!





Nome original: Toy Story 2
Ano: 1999
Duração: 92 minutos
Direção: John Lasseter e Lee Unkrich
Roteiro:
John Lasseter, Pete Docter, Ash Brannon, Andrew Stanton, Rita Hsiao, Doug Chamberlin e Chris Webb
Elenco:
Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Kelsey Grammer, Don Rickles, Jim Varney e Wallace Shawn

Imagens: divulgação

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