O que poderia ser um oásis num deserto optou por ser apenas um deserto.
Pérsia, Idade Média. Dastan (Jake Gyllenhaal) é um jovem príncipe, que auxilia o irmão a conquistar uma cidade. Lá ele encontra uma estranha e bela adaga, a qual decide guardar. Tamina (Gemma Arterton), a princesa local, percebe que Dastan detém a adaga e tenta se aproximar dele para recuperá-la. A adaga possui o poder de fazer seu portador viajar no tempo, quando dentro dela há areia mágica. Só que Dastan é vítima de um golpe. Ele é o encarregado de entregar ao pai, o rei Sharaman (Ronald Pickup), uma túnica envenenada, que o mata. Perseguido como se fosse um assassino, ele precisa agora provar sua inocência e impedir que a adaga caia em mãos erradas.
Areia. Esse filme tem muita areia.
Areia no título. Areia no artefato misterioso. Paisagens desérticas. O filme é um prego firmado na areia.
O filme baseia-se jogo homônimo de 2003, criado por Jordan Mechner.
O diretor Mike Newell (Quatro Casamentos e um Funeral, Harry Potter e o Cálice de Fogo) sabe lidar bem com o sentimentalismo em seus filmes. Em Prince Of Persia ele até tenta imprimir algum, porém resume-se apenas na inspirada frase de abertura que tenta abrir um tapete vermelho para o que parece ser uma aventura épica sem precendentes.
A inspiração para por aí. O primeiro ato do filme desenvolve-se de maneira rápida e insossa. Os acontecimentos vão simplesmente acontecendo e os personagens vão aparecendo...
Ben Kingsley, o grande vilão da história, apenas "surge" como tal na metade do filme, enquanto lá no começo, ele parecia mais um figurante.
A forma como a revelação do artefato mágico acontece surpreende apenas pelos efeitos especiais que foram bem colocados. É tudo rápido, sem a devida relevância que merecia. Aliás, os acontecimentos do filme são assim, uma hora o rei está fazendo um discurso e no momento seguinte ele já está morto. Ah, mas quem era o rei mesmo? Ah, o que tirou Dastan das ruas e o tornou príncipe! É isso.
Jake Gyllenhaal (Dastan) e Gemma Aterton (princesa Tamina) correspondem bem aos seus papéis, mas nada digno de muita atenção. Alfred Molina (Sheik Amar) é o alívio cômico da história.
Pontos positivos: Ótimas sequências de ação, ótima música de Harry Gregson-Williams e ótima fotografia de John Seale.
O filme estreou por aqui dia 3 de junho, com distribuição da Walt Disney Pictures.
Nome original: Prince of Persia: The Sands of Time
Ano: 2010
Duração: 116 minutos
Direção: Mike Newell
Roteiro: Doug Miro e Carlo Bernard, baseado em história de Jordan Mechner e Boaz Yakin e em jogo de videogame criado por Jordan Mechner
Elenco: Jake Gyllenhaal, Gemma Arterton, Ben Kingsley, Alfred Molina, Steve Toussaint, Toby Kebbell, Richard Coyle, Ronald Pickup
Imagens: divulgação
Assim como na primeira crítica,a objetividade quanto à opinião do filme é bem marcada.Dá pra separar muito bem os aspectos técnicos(elogiados) do filme como um todo.
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